Diretório Nacional de Catequese.

on quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013













Fábio Antunes. 2° ano de Teologia.

Seminário de Teologia Divino Mestre.
Catequese. Prof. Pe. Delcino Rafael.

                                          
Diretório Nacional de Catequese (n° 84)
As diversas responsabilidades (Cap. VII. 2.)
(Resumo).

O diretório Nacional de Catequese, no número dois, apresenta e esclarece pontos importantes do seguinte tema: “as diversas responsabilidades”. Dedica-se de modo mais especial, a elucidar melhor o conceito de catequese como um todo organizado (família, comunidade e igreja) e, conseqüentemente, a acender algumas luzes com relação à prática pastoral da catequese em todo o país.
O primeiro ponto abordado pelo documento neste item específico é este: A responsabilidade da comunidade. Afirma que sem o compromisso da comunidade, sem seu engajamento na ação evangelizadora, torna-se quase impossível a realização e o desenvolvimento de uma catequese capaz de frutificar para a vida da própria comunidade e para a vida da igreja. Neste sentido, é peremptória a afirmação do diretório: “sem o compromisso da comunidade, como sujeito responsável pela catequese, os catequistas pouco podem realizar”. No entanto, como possibilidade de melhoramento da prática da catequese nas comunidades, o diretório ainda apresenta critérios pertinentes com relação ao que cabe à comunidade cristã em geral; a saber: acompanhar a organização da catequese; a preparação e a qualificação dos catequistas; e ainda a acolhida dos catequizandos. A observância dos mesmos, afirma o diretório, favorece a troca de experiência e de crescimento entre catequistas e comunidade.
Na seqüência, o diretório chama a atenção para a responsabilidade dos pais como eles próprios os primeiros catequistas de seus filhos. Salienta que a “experiência cristã positiva, vivida no ambiente familiar é uma marca decisiva na vida do cristão”. É a chamada igreja doméstica. Neste sentido, destaca e relembra o fato de que pelo sacramento do matrimonio, os pais recebem a graça e a responsabilidade para a realização de tal compromisso. Destaca ainda que é exatamente no cotidiano do lar, em meio as alegrias e as tristezas que lhe são próprias, que os filhos, junto aos pais, fazem a experiência do amor de Deus. Por isso, a grande importância dos mesmos no itinerário de educação de fé dos que lhes são seus. Assim sendo, para que a família exerça melhor sua responsabilidade como educadora da fé, o diretório propõe: o dialogo, o perdão mútuo, a solidariedade, a oração em família e a participação ativa na vida da comunidade (sempre sendo solícitos à evangelização pela catequese). Propõe também como positivo a valorização dos eventos e celebrações familiares que contenham conteúdo cristão, bem como a religiosidade transmitida no seio familiar.
Contudo, o diretório não deixa de ser sensível aos diversos tipos de dramas que vivem as famílias no cotidiano de suas vidas. Ressalta a grande importância da igreja como aquela que acolhe e possibilita a superação das adversidades as quais as mesmas vivenciam. Nos dizeres do diretório: “a comunidade eclesial vivendo, ela mesma, um clima fraterno de família, poderá servir de apoio e espaço de ajuda para enfrentar problemas que surgem nas famílias”.
Em seguida, o diretório faz menção especial aos fiéis leigos, os quais possuem importante missão como batizados e crismados. Sobre eles o diretório pondera: “eles têm uma sensibilidade especial para encarnar os valores do Reino na vida concreta”. Ainda mais, com relação a outros ambientes que não a igreja, o diretório também menciona a importância dos leigos no sentido de “ouvir quem não se sente igreja, percebendo por que cada pessoa se afastou, descobrindo o que os de fora gostariam de encontrar na Igreja”. Essa percepção apurado dos leigos ajuda a encontrar caminhos de evangelização e catequese.
O diretório ressalta também o trabalho singular dos leigos catequistas que recebem da Igreja o mandato eclesial para exercerem a missão de proclamar a Palavra de Deus e ensinar a fé católica a todas as pessoas; sejam elas crianças, jovens, adultos, idosos; pessoas com deficiências; entre povos indígenas, em ambientes de missão, nas grandes e pequenas cidades, nas comunidades do campo; enfim, em todos os lugares aonde se faz necessário o anúncio do Evangelho.
Chama a atenção também para a importância das pessoas de Vida consagrada no desenvolvimento da atividade catequética. Conforme o diretório, o testemunho dos religiosos, unido ao testemunho dos leigos, mostra a face única da igreja que é sinal do Reino de Deus. Por isso, estes são chamados a participarem da formação, organização e animação catequética em sintonia com o plano de ação pastoral da diocese. Os carismas fundacionais contribuem para a ação educativa e catequética, pois fornecem inúmeros exemplos de radicalidade evangélica.
Por fim, possuem lugar de destaque no que se refere à missão de catequistas, os bispos, os padres e os diáconos. Sobre a missão especifica dos bispos o diretório ressalta: “é o primeiro responsável da catequese na diocese”. Cabe a ele a preocupação de promover uma catequese ativa e eficaz, assumindo a superior direção da catequese, apoiado por colaboradores competentes e merecedores de confiança. O empenho episcopal na promoção da catequese implica em: suscitar uma verdadeira paixão pela catequese; assegurar efetiva prioridade de uma catequese ativa e eficaz na diocese; acompanhar e atualizar a qualidade dos textos utilizados na catequese; organizar um projeto global de catequese na diocese; entre outros.
Com relação aos padres e diáconos, cabe a eles estimular e amparar a missão dos catequistas, ajudando-os a realizar da melhor forma possível o seu ministério catequético. Ademais, espera-se deles que não descuidem nada em vista de uma catequese bem estruturada e bem orientada. Citando o código de direito canônico o diretório nos recorda que prioritariamente “o pároco tem a obrigação de cuidar da formação catequética de adultos, jovens e crianças. Ao diácono de modo mais especifico, cabe ser o fermento de uma catequese de inserção pelo serviço à comunidade, particularmente como ministro da palavra. Em comum entre eles, o diretório destaca: entusiasmo pela catequese, para que os catequistas se sintam valorizados; suscitar na comunidade o senso de responsabilidade para com a catequese; assegurar a integração da catequese nos planos diocesanos; entre outros.


REFERÊNCIAS

CONFERENCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL (CNBB). Diretório Nacional de Catequese. Documento 84. Edições CNBB. Brasília: 2006.