Sexualidade

on quinta-feira, 27 de agosto de 2015


Por Claudinei José e Jossadã Ventura
Seminaristas

Perante os assuntos estudados na disciplina de Moral Sexual devemos voltar nossos olhar diretamente para compreensão do homem em relação a estes temas. Dentre vários, a sexualidade como parte integrante do gênero humano desde o inicio da vida até seu termino, perpassando todas as fases do desenvolvimento do individuo.
Diante da visão de Urbano Zilles[1] a respeito da sexualidade humana como algo verdadeiro e bonito, nos voltarmos para a nossa realidade e deparamos com algo diferente, pois são pouquíssimas as pessoas que tem pleno conhecimento desta realidade. A educação para a sexualidade ainda é considerada com grande preconceito, devido a sua delicadeza, pois ao falar da sexualidade tocamos em algo que para muitos é constrangedor, por se tratar da intimidade e individualidade da pessoa. Em muitas situações dentro do nosso contexto as pessoas (e aqui me reporto à realidade onde estou inserido) sentem-se ameaçadas e totalmente constrangidas. Ainda temos muito que avançar neste campo, não somos educados para falar de nossas intimidades, nem partilhá-las com os outros, a começar por nossas famílias: a partir do contexto em que vivi onde meus pais nunca tocaram neste assunto como se isso fosse algo maligno. Dentro do contexto social não é diferente, as famílias não estão preparadas para transmitir este assunto a seus filhos, deixando isso para as escolas, na qual muitas vezes transmitem somente o conhecimento cientifico e a parte humana e afetiva fica a desejar. (Claudinei José)
Sexualidade ainda é um tabu, como vimos acima, porém em socorro do autor podemos afirmar com certeza que a teologia, principalmente a que faz contato direto com o povo, deve fazer com que a consciência em relação a isso mude. Sexualidade sim é um presente de Deus e o cristão deve ter noção disso, e dela fazer bom uso evitando radicalismos e extremismos. (Jossadã Ventura).
Por tudo isso, concluímos que a sexualidade é um elemento necessitado de desmistificação e de melhor compreensão, por parte não só dos veículos de conscientização, mas por toda a sociedade, pois com isso acontecerá um melhor uso disso para o crescimento da pessoa. Não é necessário mudar a doutrina nem o pensamento da Igreja sobre isso, mas sim a nossa compreensão ética dela.



[1] Visão Cristã da Sexualidade Humana. Teocomunicação, Porto Alegre, v. 39, n. 3, p. 336-350, set./dez. 2009

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