Por Claudinei José e Jossadã Ventura
Seminaristas
Perante os assuntos estudados na disciplina de
Moral Sexual devemos voltar nossos olhar diretamente para compreensão do homem
em relação a estes temas. Dentre vários, a sexualidade como parte integrante do
gênero humano desde o inicio da vida até seu termino, perpassando todas as
fases do desenvolvimento do individuo.
Diante da visão de Urbano Zilles[1] a respeito da sexualidade
humana como algo verdadeiro e bonito, nos voltarmos para a nossa realidade e
deparamos com algo diferente, pois são pouquíssimas as pessoas que tem pleno
conhecimento desta realidade. A educação para a sexualidade ainda é considerada
com grande preconceito, devido a sua delicadeza, pois ao falar da sexualidade
tocamos em algo que para muitos é constrangedor, por se tratar da intimidade e
individualidade da pessoa. Em muitas situações dentro do nosso contexto as
pessoas (e aqui me reporto à realidade onde estou inserido) sentem-se ameaçadas
e totalmente constrangidas. Ainda temos muito que avançar neste campo, não somos
educados para falar de nossas intimidades, nem partilhá-las com os outros, a
começar por nossas famílias: a partir do contexto em que vivi onde meus pais
nunca tocaram neste assunto como se isso fosse algo maligno. Dentro do contexto
social não é diferente, as famílias não estão preparadas para transmitir este
assunto a seus filhos, deixando isso para as escolas, na qual muitas vezes
transmitem somente o conhecimento cientifico e a parte humana e afetiva fica a
desejar. (Claudinei José)
Sexualidade ainda é um tabu, como vimos acima,
porém em socorro do autor podemos afirmar com certeza que a teologia,
principalmente a que faz contato direto com o povo, deve fazer com que a
consciência em relação a isso mude. Sexualidade sim é um presente de Deus e o
cristão deve ter noção disso, e dela fazer bom uso evitando radicalismos e
extremismos. (Jossadã Ventura).
Por tudo isso, concluímos que a sexualidade é um
elemento necessitado de desmistificação e de melhor compreensão, por parte não
só dos veículos de conscientização, mas por toda a sociedade, pois com isso
acontecerá um melhor uso disso para o crescimento da pessoa. Não é necessário
mudar a doutrina nem o pensamento da Igreja sobre isso, mas sim a nossa
compreensão ética dela.
[1] Visão
Cristã da Sexualidade Humana. Teocomunicação, Porto Alegre, v. 39, n. 3, p.
336-350, set./dez. 2009
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