Consciência: O santuário da fidelidade e da liberdade criativa

on quinta-feira, 16 de outubro de 2014


            Consciência: O santuário da fidelidade e da liberdade criativa


Claudinei José de Oliveira
1º Ano de Teologia

 Bernado Haering nasceu na Alemanha em 1912, ingressou para os padres redentoristas em 1934, onde em 1939 recebeu a ordem sacerdotal. Enquanto jovem sacerdote foi convocado para as tropas de Wehrmacht onde serviu como ajudante de hospital, nos campos de batalha entre a população civil na França, Polônia e Rússia. Lecionou teologia moral na Alemanha e em Roma, escreveu varias obras, E, também, contribuiu para a preparação de alguns documentos do Concilio Vaticano II. A seguir alguns pontos destacado por Haering sobre o tema consciência.     
ü    Primeiramente numa visão pós-concilio Vaticano II, é na intimidade de sua consciência que a pessoa descobre uma Lei, que não se impõe a si mesma, mas se vê levada a obedecer, “amar o bem e evitar o mal”. Lei escrita por Deus no coração do homem, que constitui a verdadeira dignidade da pessoa humana. A consciência é o núcleo mais secreto da pessoa, “santuário” onde a pessoa esta sozinha com Deus cuja voz ecoa em suas profundezas.
ü      Consciência: como uma voz do Verbo para o qual fomos criados, que ecoa dentro de nós, que nos chamou a existência e nos convida a ficarmos juntos a Ele como discípulo.
ü    Na busca da verdade, a consciência do homem é o ponto focal para a partilha de experiência e reflexão, nos tornando pessoas livres.
ü    No antigo testamento, o termo consciência (syneidesis) em si não é usada,  mas se utiliza o sentido interno que é o coração da pessoa para com Deus, e para com a fidelidade com aliança.
ü    No novo testamento a consciência além de ter um sentido de interioridade também vem acompanhada de um sentimento de totalidade, onde a pessoa toda é chamada para Deus e para o bem. A lei do amor a Deus a ao próximo, do qual o apóstolo Paulo muito usa em seus discursos.
ü    Consciência como um dote permanente que estimula o homem a buscar a verdade, fazendo o bem e evitando o mal.
ü    Haering faz um resgate de São Jerônimo, vê a consciência como uma qualidade profunda, onde o homem tem consciência e capacidade para receber a ordem moral e os valores morais como obrigações.
ü    Mediante a consciência, a vontade humana é uma pequena centelha de amor acesa pelo amor divino fonte de todo amor.
ü    A consciência como uma totalidade do ser humano onde, a consciência se torna sadia, quando a pessoa toda funciona em profunda harmonia nas profundezas de seu ser emocional, racional, energias da vontade.
ü    Anseio da consciência pela totalidade, uma vez que fomos criados para a totalidade, biológica, psicológica e espiritual é a imagem mais profunda da trindade divina.
ü     Conforme o concilio vaticano II, reafirmou uma clássica tradição da consciência sujeita a erros, mas frequentemente a consciência que erra por ignorância invencível sem, contudo, perder sua dignidade.  
ü    O erro na avaliação da consciência quando acontece quase sempre sem culpa pessoa que procura a melhor solução.
ü    O pior mal acontece quando a consciência se torna insensível e cega e causa um mal moral por falta de sinceridade.
ü    Haering apoiado no psicólogo Kohlberg, aborda a consciência em seis estágios em três níveis: I nível pré-convencional, 1º  estágio; as crianças experimentam o bem através das conseqüências físicas que percebem como reação. 2º estágio; percepção mais clara dos valores tais como a beleza e reciprocidade. II nível convencional, 3º estágio; nesta fase é o bom comportamento é o que favorece. 4º Estágio; Neste os valores de autoridade e da manutenção da ordem e da confiança, onde já á um discernimento entre o exercício bom e ou fraco da autoridade. III nível 5º estágio; se considera sendo o que corresponde à moralidade oficial onde se tem uma percepção clara dos valores e das opiniões pessoais sobre as regas de procedimento.

0 comentários:

Postar um comentário