Consciência:
O santuário da fidelidade e da liberdade criativa
Claudinei José de
Oliveira
1º Ano de Teologia
Bernado Haering nasceu na Alemanha em 1912,
ingressou para os padres redentoristas em 1934, onde em 1939 recebeu a ordem
sacerdotal. Enquanto jovem sacerdote foi convocado para as tropas de Wehrmacht
onde serviu como ajudante de hospital, nos campos de batalha entre a população
civil na França, Polônia e Rússia. Lecionou teologia moral na Alemanha e em
Roma, escreveu varias obras, E, também, contribuiu para a preparação de alguns
documentos do Concilio Vaticano II. A seguir alguns pontos destacado por Haering
sobre o tema consciência.
ü Primeiramente
numa visão pós-concilio Vaticano II, é na intimidade de sua consciência que a
pessoa descobre uma Lei, que não se impõe a si mesma, mas se vê levada a
obedecer, “amar o bem e evitar o mal”. Lei escrita por Deus no coração do homem,
que constitui a verdadeira dignidade da pessoa humana. A consciência é o núcleo
mais secreto da pessoa, “santuário” onde a pessoa esta sozinha com Deus cuja
voz ecoa em suas profundezas.
ü Consciência: como uma voz do Verbo para o
qual fomos criados, que ecoa dentro de nós, que nos chamou a existência e nos
convida a ficarmos juntos a Ele como discípulo.
ü Na
busca da verdade, a consciência do homem é o ponto focal para a partilha de
experiência e reflexão, nos tornando pessoas livres.
ü No
antigo testamento, o termo consciência (syneidesis) em si não é usada, mas se utiliza o sentido interno que é o coração
da pessoa para com Deus, e para com a fidelidade com aliança.
ü No
novo testamento a consciência além de ter um sentido de interioridade também vem
acompanhada de um sentimento de totalidade, onde a pessoa toda é chamada para
Deus e para o bem. A lei do amor a Deus a ao próximo, do qual o apóstolo Paulo
muito usa em seus discursos.
ü Consciência
como um dote permanente que estimula o homem a buscar a verdade, fazendo o bem
e evitando o mal.
ü Haering
faz um resgate de São Jerônimo, vê a consciência como uma qualidade profunda,
onde o homem tem consciência e capacidade para receber a ordem moral e os valores
morais como obrigações.
ü Mediante
a consciência, a vontade humana é uma pequena centelha de amor acesa pelo amor
divino fonte de todo amor.
ü A
consciência como uma totalidade do ser humano onde, a consciência se torna
sadia, quando a pessoa toda funciona em profunda harmonia nas profundezas de
seu ser emocional, racional, energias da vontade.
ü Anseio
da consciência pela totalidade, uma vez que fomos criados para a totalidade,
biológica, psicológica e espiritual é a imagem mais profunda da trindade
divina.
ü Conforme o concilio vaticano II, reafirmou uma
clássica tradição da consciência sujeita a erros, mas frequentemente a
consciência que erra por ignorância invencível sem, contudo, perder sua
dignidade.
ü O
erro na avaliação da consciência quando acontece quase sempre sem culpa pessoa
que procura a melhor solução.
ü O pior
mal acontece quando a consciência se torna insensível e cega e causa um mal moral
por falta de sinceridade.
ü Haering
apoiado no psicólogo Kohlberg, aborda a consciência em seis estágios em três
níveis: I nível pré-convencional, 1º estágio; as crianças experimentam o bem
através das conseqüências físicas que percebem como reação. 2º estágio; percepção
mais clara dos valores tais como a beleza e reciprocidade. II nível
convencional, 3º estágio; nesta fase é o bom comportamento é o que favorece. 4º
Estágio; Neste os valores de autoridade e da manutenção da ordem e da
confiança, onde já á um discernimento entre o exercício bom e ou fraco da
autoridade. III nível 5º estágio; se considera sendo o que corresponde à
moralidade oficial onde se tem uma percepção clara dos valores e das opiniões
pessoais sobre as regas de procedimento.
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