Moral pessoal

on terça-feira, 24 de abril de 2012


Seminário de Teologia Divino Mestre

Moral Pessoal/Sexual
Aluno: Aleandro José da Silva
Professor: Pe. Luiz Fernando de Lima

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RESUMO – O DOM DO CELIBATO NA VIDA E NA MISSÃO DA IGREJA

Willliam Cesar Castilho Pereira

Antes de tudo, queremos tecer um comentário a partir de pesquisas já realizadas a respeito do celibato em geral. Gostaríamos de iniciar esta síntese abordando o celibato como uma armadilha para os padres. Mas, que armadilha é essa? Vivemos uma situação meio esquisita dentro da Igreja católica que é o celibato. Fala-se teoricamente que o celibato deve ser vivido, como amor ao Reino dos Céus. Mas, são sonegados os meios concretos para que viva esse celibato. De uma forma geral, os ideólogos contrários à visão tradicional de sacerdócio vem como aquela notícia dizendo: “tá vendo, a Igreja é má, a Igreja é opressora, a Igreja exige de nós a crueldade do celibato, mas tá vendo, é impossível viver! Eis aqui a armadilha para destruir o celibato”.
Mediante o tema proposto – “O DOM DO CELIBATO NA VIDA E NA MISSÃO DA IGREJA[1], o autor nos remeterá a perscrutar e ao mesmo tempo a entendermos antes de tudo a “Definição de Pessoa”. A princípio, vivemos uma metamorfose, onde temos um novo sacerdócio que deve adaptar aos tempos modernos, e, portanto, inicia-se uma nova experiência, ou seja, um novo jeito de ser sacerdote. Antigamente o sacerdote era colocado como o homem de Deus; homem que era servo de Deus, com uma vida bem diferente, específica, própria de um padre. O sacerdote era celibatário; celebrava a liturgia das horas; vestia-se uma veste bem diferente e com atitude diferente dos outros; tinha as práticas de piedade e, acima de tudo, precisava-se ter uma vida toda espiritual. Pois bem, o sacerdote ainda é uma “Pessoa”, além disso, “imagem e semelhança de Deus, da nobreza e da razão”. Mesmo diante da crise de identidade da pessoa, o celibato ainda é dom de Deus. Porém, dizem ser um fenômeno estranho. O resultado é este, o celibato é um carisma, ou seja, o sujeito precisa ter recursos internos: espirituais e psicoafetivos. Entretanto, quem não tem aptidão, estrutura humano-afetiva e qualidade da alma pode ter sérios problemas com esse tipo de compromisso. Em fim, o celibato não é para quem quer, e sim para quem pode.
O autor ainda nos revela, é preciso destacar que o Reino de Deus tem rosto humano. Mesmo diante do desafio da impossibilidade de se viver nos dias de hoje, o que mantém e anima a Igreja, é que ela guarda há séculos uma brilhante pedra preciosa – o celibato. Uma vez que são sonegados os meios de viver o celibato nem sempre aquele ideólogo que diz – veja, a Igreja tá exigindo de você o impossível! É assim que tenta minar dentro da Igreja Católica o celibato na prática. Muitas vezes, esse projeto (celibato) tem muito de aventura. E, como em toda a aventura, supõe coisas sublimes e também é um risco. É uma aventura abnegada e importante. Há que ver se a pessoa que considera optar por esse chamado tem os recursos espirituais, psíquicos e sócio-institucionais para embarcar nessa aventura. Já que Roma não libera o celibato, então vamos tentar na prática tornar impossível a vivência do celibato. É o que pensa muitos celibatários perturbados por uma escolha equivocada e como não trabalham esses equívocos acabam colecionando um número significativo de sintomas.
Em síntese, o autor nos quer lançar ao que é mais profundo e tenebroso, a perceber que a opção pelo celibato entrou em crise. Pelo simples fato de que – muitos desses homens acreditavam que realmente tinham vocação para o sacerdócio, mas com o tempo as motivações inconscientes vieram à tona. Outros encontram no sacerdócio celibatário um lugar até certo ponto confortável para viver sua repressão sexual. Outros, ainda de forma perversa, encontram um abrigo perfeito para viver a heterossexualidade como a orientação homossexual de forma descomprometida, antiética e sem nenhuma relação de alteridade.
Em suma, neste cenário tão deplorável evidenciar-se-á que realmente, existem alguns poucos homens e poucas mulheres que parecem possuir o carisma do celibato, como dom de Cristo e compromisso com o Reino de Deus na história. Insiste o autor: “O Reino de Deus tem rosto humano”. Sem dúvidas, neste aspecto convém postar crucialmente – “celibatário, não por Deus, e sim com Deus e por seu Reino”.



[1] William Cesar Castilho Pereira: Para uma compreensão da Pessoa e da vivência do Celibato. Simpósio Nacional – CNBB.

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