MISSÃO NA CIDADE
Por: Seminarista Valdinei Gonçalves de Oliveira
O encontro de hoje foi conduzido pelo seminarista do 4º ano de Filosofia, João Batista de Souza, com o tema: “Missão na Cidade” – Pe. Ari Antônio dos Reis, sdb.
Iniciamos o grupo de estudos com a oração do Missionário e, logo em seguida, o seminarista João Batista passou a falar sobre o que ele achou do texto. Explicou-nos que, de acordo com o texto, a Igrejatem passado por grandes desafios,com a Pastoral Urbana (principalmente tentações, hegemonia, fidelidade). Fidelidade principalmente ao Evangelho de Jesus Cristo e ao que ele resulta em nossas vidas. João continuou falando sobre a Ação Evangelizadora da Igreja e, segundo o autor do artigo, também é um desafio para a Igreja. O autor ainda cita o Documento de Aparecida no que concerne à Ação Pastoral na Cidade. Já abordando temas mais amplos, o autor diz que os discípulos também tiveram dificuldades na missão, tendo um “mandato missionário”.
Ser missionário hoje é anunciar com o desafio de viver esse mesmo Evangelho pregado por Jesus.
João nos mostrou que existem quatro tópicos que foram abordados por Pe. Ari em seu artigo:
1) SENTIDO DA MISSÃO;
Diz que não podemos ser aquele missionário que sabe tudo, sem perguntar se o outro irá aceitar ou não a oferta que fazemos de anunciar o Evangelho. Não podemos trata-los como “tábulas rasas”, ou seja, pessoas sem informação alguma que se não sabem de nada, não precisam ser salvos. O que vale é a troca de experiências, respeito à cultura. Nós que chegamos ao local da missão é quem somos estranhos a eles. É como se fosse uma pequena fórmula matemática: APRENDER X ENSINAR = ENSINAR X APRENDER
Devemos estar atentos aos interlocutores privilegiados. Armar nossa tenda onde quer que sejamos aceitos.
2) MISSÃO NA CIDADE;
A cidade também é um espaço de evangelização. Temos que levar em conta que a cidade passa por permanente transformação e que a maioria da população brasileira está na cidade. Por causa disso, essa pluralidade urbana exige dos agentes missionários uma revisão dos métodos e atuação pastoral.
Com base nisso, podemos elencar oito tópicos acerca da missão:
a) Modelo de igreja rural no meio urbano
b) Pretensão da centralidade e hegemonia x ambiente x diversidade
c) Experiência evangelizadora forte x agente institucional
d) Relação pastoral x Relação sujeito x objeto
e) Subestimação dos complexos
f) Critérios equivocados x Análises urbanas
g) Ações isoladas x solidariedade x sociedade civil x resposta popular
h) Despreparo dos agentes x diversidade
A cidade exerce um atrativo na mentalidade dos cristãos que abandonam o meio rural. De acordo com João Batista Libânio: “É a sensação de liberdade, autonomia e individualidade que pesa na decisão de viver na cidade”. Essa influência na personalidade é ilusória, uma proposição contrária da vida do campo. Na cidade, muitas vezes se encontram sem trabalho, acesso à cultura, sem condições de vida digna (moradia, saúde, educação...).
3) A CULTURA URBANA;
A cultura urbana é um fenômeno que extrapolou seus limites. Ela é mais ampla que a própria cidade ou espaço geográfico.
Isso dificulta ainda mais a missão. Temos que rever a seguinte questão: as pessoas que moram na zona rural já vivem como as pessoas que vivem na cidade, com toda a parafernália tecnológica etc. Isso já faz com que a Torre da Igreja já não seja mais um ponto de referência na cidade, muito menos a praça onde as pessoas se encontravam para conversar. Hoje é tudo virtual, até mesmo dentro de casa.
4) O AGENTE MISSIONÁRIO;
O agente missionário tem que estar bem preparado. É necessário que se façam algumas perguntas:
- Como está o planejamento?
- Como se compreende a missão?
- Quais os objetivos da missão atuando na cidade?
- Quais instrumentos levar?
- O que é prioritário na cidade?
Padre Ari diz que para a Teologia o lugar da Ação Pastoral é tomado em dimensão metodológica e epistemológica. Ele coloca que: “A complexidade da missão urbana ajuda-nos a perdermos a ingenuidade quanto ao sentido da missão. Não somos nós que temos a verdade e nem todos estão ansiosos por ouvi-la”.
A Ação Missionária na cidade deve e pode ter a marca profunda do Evangelho (cf. Jo. 1,1ss).
A cidade é um espaço de esperança, solidariedade, atenção e cuidado com a Vida. Hodiernamente se existe uma necessidade de recuperar-se algo presente que já não existe mais.
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